quinta-feira, 30 de setembro de 2010


Sejamos, por algum motivo, aquele que nasce para uma nova visão. Deixando os pensamentos antigos de lado e abrindo a mente para a liberdade. É que por muito tempo observei as pessoas ao meu redor... Cansei de ver, inúmeras vezes, e de vez em quando em mim, aquele sorriso com uma espécie de naufrágio...
Cultivemos a felicidade, o amor e a paz! E por fim, a busca pelo nosso eu!
Luz a todos! ;)

Talvez o certo seja deixar as coisas fluírem. A graça é a surpresa, e a felicidade é saber que por mais que as coisas pareçam tristes, tudo acabará bem.

Lígia G. V.

sábado, 4 de setembro de 2010

Erros

-Conte uma piada e faça-nos rir.
-Não conto piadas, meu caro!
-Não conta? Todos contam piadas!
-Pois eu não conto!
-Não sabe o que perde. Piadas são a alma de um palhaço.
-E por acaso vê um palhaço aqui?
-Não, não vejo. Mas todos tem um bem lá no fundo.
-Nunca gostei de palhaços e piadas. Piadas quase sempre fazem as pessoas rirem do próximo. Você ri de quem? Da loira, do português ou da sua vizinha? Poupe-me! Não preciso de piadas para fazer uma pessoa rir.
-Hum, compreendo seu ponto de vista. Mesmo assim continuarei a contar piadas.
-Continue e verá que elas nada fazem. Talvez tragam uma alegria momentânea, escute bem, eu disse talvez. No fundo, se a pessoa está triste, continuará triste. Brisas não varrem pregos no chão.
-Já sei, não gosta de palhaços porque tem medo deles!
-Não tenho medo dos palhaços. Os palhaços no fundo querem ajudar a trazer alegria, mas nem sempre conseguem. Isso é triste. Pinta-se então uma lágrima em sua face e o símbolo da alegria torna-se o da tristeza.
-Você é uma pessoa muito triste.
-Não acredito que seja triste. Tento levar a felicidade para as pessoas. Tento ajudá-las. Nem sempre é possível. Então desenho mais uma folha no chão!
-Leva a felicidade as pessoas de que forma?
-Sou terapeuta, meu amigo.
-Entendo. Tento levar a felicidade para as pessoas também.
-E o que você faz?
-Sou um palhaço. E nunca pintei uma lágrima em meu rosto. Não conto piadas sobre o próximo e não rio dos outros. Levo a felicidade para crianças doentes. E não ensino a elas coisas erradas.
O terapeuta permaneceu em silêncio. Envergonhado pelo que dissera, percebeu que estava errado. Não se deve generalizar, pois um não é igual ao outro.
-Peço desculpas, não tive a intenção de ofender.
-Tudo bem, doutor.
O palhaço pensou por um tempo e disse
-Quer acompanhar o meu trabalho?
-Adoraria.
E os dois saíram andando, como se nada tivesse acontecido. Se a tristeza rondava o terapeuta e a felicidade o palhaço, nunca saberemos. Mas ambos perceberam naquele dia que julgar antes de conhecer não era o certo, porque o palhaço uma vez dissera que jamais conviveria com um terapeuta.
-Posso lhe contar uma piada agora?

Lígia G. V.