quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Transição

O tempo passou
e o sorriso no canto da boca se perdeu!
Quando foi que eu dormi?
Quando foi que se perderam os dias?

O tempo passou
e o mundo mudou!
A vida é tão sem graça?
Quando foi que a flor morreu?

O tempo passou
e o tempo que eu passo com você
tornou-se muito pouco
para admirá-lo!

O tempo passou
e tudo mudou
Os cantos dos pássaros perderam o foco,
e o mundo girou.

Lígia G. V.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Minha paixão


No meio das árvores na montanha
Uma beleza se encontra!
Suas folhas verdes e vivas
Ao balançarem dão origem ao vento
Este chega como música aos meus ouvidos,
e me chama para entrar
na bela floresta secreta.


Sinto-me em casa!
Eu posso sentir o cheiro de cada folha,
o gosto de cada canto dos pássaros,
o som de cada queda do rio!
O essencial me cativou,
e o amor pelas florestas sempre esteve em mim!
Eu te amo e sempre amarei!


Esta é só mais uma das minhas paixões! Eu admiro cada folha verde que há em uma árvore, cada queda de água, cada pedra que eu encontro... É, a natureza me fascina!

Tenham um ótimo dia!
Luz e paz! :)


sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Luz

Um sorriso apenas bastava
para mostrar como você estava,
ou como você parecia estar
ao ver a estrela brilhar.
Um olhar parecia ser o necessário
Para deixar alguém feliz.
Bastava apenas retribuir
Mas as flores se perderam
No meio de algumas rosas negras...
Mas você ainda estava lá
Talvez fosse uma das luzes mais brilhantes presentes no jardim...
Os sonhos morrem como as flores?
Porque se sim, a luz sumiria
E ela era tão rara!
Se ela sumisse... o que seria das rosas brancas que ainda restam?
Morreriam aos poucos... esmagadas por mãos imundas!
Mas a luz era tão grande para se perder assim...
O tempo passaria, e a luz cresceria
E onde quer que ela estivesse
Eu saberia que ela ainda existe...
Porque a distância não pode separar a luz! Pode?
De qualquer modo, meus olhos não estão sozinhos, assim espero!
Às vezes parece utopia sonhar com amor incondicional
Mas o que seria do mundo se as pessoas não corressem atrás de seus sonhos?!

A luz está em mim e em você,
Cada um escolhe o que fazer com ela
Assim como cada um tem a fragrância que quer!


Lígia G. V.
Luz e paz!
:)

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Quando Laura voou - Final

- Laura, já vai para a escola?
- Vou sim, Amélia! Tchau! Até mais tarde!

E assim vi Laura passar pela porta, correndo e pulando, balançando seus lindos cachinhos! Ela estava feliz! Isso era certo!

Laura tinha um sonho que toda criança deseja realizar! Ela queria poder voar! Ficava horas falando sobre isso. Falava sobre o vento no rosto, as estrelas passando ao seu lado, falava dos pássaros... Laura vivia sonhando que estava voando. Assim é que conhecia a sensação do vento no rosto, das estrelas... De tudo!

Quando ela voltou da escola, perguntou se eu gostaria de ir para floresta com ela, respondi que sim, e lá fomos nós!

- Amélia, não tenha medo dos bichos! Por favor, hein?!
- Não se preocupe!
- E não se assuste com a quantidade de borboletas, elas amam esse lugar!
- Está muito longe?- perguntei ansiosa.
- Não, já chegamos!

Meus olhos paralisaram! Aquilo era incrível! Uma beleza de outro mundo! A suavidade das cachoeiras, a grandeza das árvores, a melodia dos pássaros, a leveza das milhares de borboletas... Aquilo era... magnífico! Estava explicado o motivo da felicidade de Laura! O Lugar transmitia paz, tinha uma luz infinita.

As borboletas eram mais do que lindas... De diversas cores e tamanhos... Jamais poderia me assustar com elas!

- O que achou Amélia?
- É tudo muito lindo, Laura!
- É aqui que venho quase todos os dias! É aqui que me recarrego! E é aqui que sonho com todos os meus sonhos!
- Como foi que achou esse lugar?
- Às vezes encontramos o que não estamos procurando!

E ali passamos muito tempo! Laura corria de um lado para o outro, brincava com as borboletas, tirava fotos... E antes de irmos embora ela disse:

- Amélia, um dia eu partirei, mas não quero que você sofra com a minha ida! Sinto que as coisas mudaram, e que muitas outras coisas podem acontecer! Mas por favor, não se esqueça nunca que nós somos feitos de sonhos, e sem eles não viveremos! Por isso deve acreditar neles sempre, porque quando menos você espera, eles se realizam!

Porque ela tocara naquele assunto? Não estávamos falando sobre isso! Seu tom misterioso me assustou... Mas percebi que aquilo era apenas mais uma de suas reflexões!

Sua felicidade me deixava feliz! Aquele brilho no olhar... Uma menina única, que jamais seria capaz de esquecer! Sua fala serena me encantava, o jeito dela andar me impressionava, era como se estivesse flutuando!

Chegando em casa, vimos que Roberto estava lá. Sentado no sofá da sala! Laura correu até e ele, e deu um abraço daqueles nele!

- Pai, você está aqui! Queria muito ver você!
- Laura, meu anjinho, decidi vir para casa mais cedo hoje! Mas tem algo que queira me falar?
- Não, não queria falar nada! Só quero ficar com você! Sabe pai, você é muito especial para mim! Um amor profundo! Quero ficar com você, só isso!
-Minha linda! Sinto um amor profundo por você também! Quer assistir filmes?
- Mas é claro!
E ali ficaram durante horas! Conversando, contando segredos, se abraçando... Momentos únicos que há muito tempo não aconteciam!
No dia seguinte, Laura fez algo diferente. Antes de ir à escola, me abraçou bem forte, olhou profundamente em meus olhos e disse:
- Amo você!

Aquilo foi muito especial. Laura era meu anjinho, a menina doce, de coração enorme.
Laura passou dessa vez, pela porta da sala, abraçou seu cachorro por longos minutos, foi em direção ao carro, quando parou e acenou para mim! Logo depois entrou no carro, e se foi!

Já era 19h, quando percebi que Laura não estava em casa! Ela não era de ficar andando por aí, sempre voltava pra casa às 18h. Mas Laura não estava lá! Comecei a ficar preocupada! Meu coração disparava! Quando de repente, um guarda florestal tocou a campainha!
- Minha senhora, é aqui que mora o senhor Roberto Mendonça?
- É sim! Aconteceu alguma coisa?
- Ele está?
- Ainda não voltou do trabalho!
- Sinto lhe informar que a filha dele foi encontrada morta, num dos rios de uma floresta próxima daqui!

Não podia acreditar! Aquilo não podia ser real! Como falaria para Roberto que sua filha já não estava aqui? Meus olhos se encheram de lágrimas, meu coração parecia triste, tudo pareceu ficar escuro.

Roberto chegou, e quis saber o que acontecia. A casa estava rodeada de carros da polícia, ambulância... Havia chegado a hora!

Roberto caiu no choro antes mesmo de escutar toda a história. Não era fácil tudo aquilo.
Os dias foram passando, e eu decidi ir embora da casa! Ia morar em outra cidade, ajudar a minha mãe! Roberto compreendeu, e foi assim que abandonei aquela linda casa! Cheia de magia e fantasia! Um lugar cheio de muito amor.

Hoje eu torço para que a minha mente não caia no esquecimento, para que as lembranças que ainda restam dela não se percam no tempo!

E eu sempre me lembrarei daquele jeito dela olhar, num tempo de um mundo bom, que hoje volto a acreditar que existe! E a ausência de seu sorriso, hoje me faz chorar, mas me faz lembrar que a felicidade está presente nas coisas mais simples da vida! Quando eu me lembro daquele tempo cheio de paisagens no ar, me lembro também que um dia custei a acreditar que ela voltaria a viver!

Mas agora ela se foi! E sempre me lembrarei daquele grande abraço e daquele tchau! Daquele olhar infinito, e da paz que ela tinha! Do seu amor pela vida, e de sua capacidade de amar todos!

Agora compreendo quando ela falou sobre os sonhos na floresta! Laura realizou seu maior sonho: voar! Agora ela podia voar, podia sentir a sensação do vento, ver o mar de estrelas... E se voar é como era nos sonhos dela, deve ser muito belo!

O maior segredo da vida é viver a vida sem esperar as coisas, quando você menos espera, elas aparecem! Afinal, nós nem sempre encontramos o que estávamos procurando!


Bom é isso!
Até mais! ☺

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Quando Laura voou - Parte 2

- Laura, quando sua mãe ainda era viva, eu a amava a cada segundo, e por amá-la, amava a todos também. Era algo mágico, eu me sentia muito bem. Sua mãe costumava dizer que você era uma pessoa muito amável, e acho que não se enganou!

Agora fora a vez de Laura permanecer calada. Apenas olhava. Percebi que ela falava em silêncio sobre sua mãe. Mas de repente, num impulso ela falou:

- Mamãe não morreu pai! – falou a menina.
- Como não morreu?

Ela não respondeu novamente. Além de muito inteligente, Laura amava deixar as frases no ar.
- Não entende, não é? Olhe a sua volta, o que vê é só móvel, parede, objeto! Não há sentimento. Muitos jovens gostariam de estar no meu lugar hoje. Mas pra que se não há sentimento nessa casa? Eu morri há cinco anos... E não teria acontecido isso se houvesse sentimento aqui! Há muito sentimento dentro de mim, pai! Mas não basta só eu senti-los!

Ela se retirou, subiu a longa escada, e entrou em seu quarto. Lá ela passou alguns minutos montando um quebra cabeça de 1000 peças! Minutos, entende? Ela só tinha 16 anos!

Todo fim de tarde, Laura ia para varanda do seu quarto, sentava e apreciava o lindo pôr do sol. Até mesmo quando não havia, ela estava lá! Nas tardes, ela ficava horas no jardim. Brincava com as borboletas, libélulas, pássaros e até mesmo abelhas. Ela falava com as árvores e dizia que tudo ficaria bem, cantava uma, duas, três canções e depois ia embora. Realmente emocionante. Pode não ser para quem apenas lê essa simples história, mas é para quem a vê!

Laura desceu para o jantar, e enquanto comia, sentia a falta do pai. Dessa vez, Laura chorava. As lágrimas eram grandes e pareciam muito pesadas. Eu já não aguentava mais. Doía muito vê-la daquele jeito. Enquanto mastigava e chorava, ela cantava uma linda melodia. A cada nova nota, uma nova lágrima surgia. A melodia parecia interminável. Quando parou de cantar, as lágrimas simplesmente sumiram!

Laura ficou lá! Terminou o jantar e permaneceu.

- Laura, não quer mais nada minha linda? – eu perguntei.
- Não, não, Amélia! Obrigada. – disse a menina.
- Você está bem? – perguntei.

Ela não respondeu. Eu fiquei ali, e entendi que ela não queria falar. Ela soltava um“Ah”, como se quisesse falar algo, e não demorou muito para que isso acontecesse.

- Amélia, você acha que as pessoas conhecem alguém de verdade?

E assim Laura saiu. Não esperou minha resposta. Compreendi então que não queria uma resposta, queria que eu filosofasse!

Eu pensei muito, e decidi conversar com ela. Fui ao seu quarto, foi quando me deparei com uma gaveta cheia de fotografias. Algumas de sua mãe, e as outras de paisagens. Fotos bonitas... Inspiradoras, harmoniosas... Jardins grandes com muitas flores de diversas cores... Cachoeiras lindas, com um ar leve... Fotos um tanto misteriosas!

- Amélia, vejo que descobriu minha gaveta?!- Falou a menina
- Estava tudo aqui já, desculpe por olhar, mas sabe que aprecio muito as suas coisas!
- Não se preocupe! Tiro essas fotos sempre, sabe como sou, gosto muito da natureza...
- É, e continue assim...

Eu iria falar com ela sobre as pessoas conhecerem alguém realmente, porém Laura já parecia estar desligada daquele assunto, então decidi deixar pra lá. E assim saí do quarto lembrando-me das belas paisagens que encontrei.

Ela dormiu e nem esperou seu pai chegar. No dia seguinte, já bem cedo Laura disse:

- Amélia, não se preocupe comigo. Hoje voltarei mais tarde.

Ela não disse para onde ela iria, e eu nem quis perguntar, quando Laura não dá mais informações é porque é uma coisa muito intima dela.

Laura costumava sentir muito a falta das pessoas que realmente gostava. Uma frase do tipo “vou embora e não voltarei” a perturbava muito. Ela tem uma consideração muito grande pelos amigos. Não menti jamais. E não teme a verdade. Ninguém a engana. Laura é muito distraída. É como se estivesse em outro mundo, mas sabe quando alguém está dando um “golpe” nela.

O dia foi triste. Sem a suavidade de Laura, a casa permaneceu fria. Não havia barulho... Não havia falas... Não havia... amor.

Laura chegou realmente bem tarde. Mas chegou com um grande sorriso nos olhos! O que havia ocorrido para ela ficar assim? Estaria ela apaixonada?

- Apaixonada? Está louca Amélia? É claro que não estou apaixonada!
- Sei. E qual é a razão de seus olhos brilharem tanto, meu anjo?
- Nada Amélia, nada!

Laura estava flutuando, falava cada vez mais suave, uma voz serena. Irradiava uma luz infinita. Com seus misteriosos segredos era impossível descobrir! Mas achei que naquele dia, Laura tinha ido passear pelas florestas. E lá, vai saber o que ela acha.

Ela não quis jantar, disse que estava cansada. Compreendi. Assim, logo foi dormir. Mais uma vez, com a ausência do pai na casa! Durante a noite, me dei conta de que com o passar dos dias, Laura sorria mais. Estaria ela voltando a ser feliz?


Mais tarde eu coloco o final... espero que gostem!!
Beijos ☺

sábado, 10 de outubro de 2009

Quando Laura voou

Existiam apenas três palavras para Laura Mendonça: a tristeza, a infelicidade e a solidão! Laura era uma menina muito bela, seu rosto suave era notado por todos, porém a ausência do sorriso espantava todos. Ela sempre foi muito só. Perderá a mãe muito jovem e desde então nunca mais demonstrou um sinal de afeto. Sua rotina sempre muito cheia de coisas contribuía ainda mais para seu desafeto. Era muito séria, e de vez em quando a escutava chorar em seu quarto. Eu Amélia, que era a empregada, sempre quis ajudá-la, e perguntava a ela porque chorava daquela forma, respostas que sempre foram dadas com um grande e suave silêncio. Eu costumava dizer, então, que o silêncio era a melhor resposta!

Seus olhos azuis deixavam-na ainda mais bela. Combinavam perfeitamente com seus longos e castanhos cabelos. Ela tinha um olhar marcante, significativo. Muitas vezes parecia que queriam falar algo, e nessas inúmeras vezes tentei decifrá-los, foi então que dei de cara com um vazio angustiante!

Seu pai, o Roberto, trabalhava demais, mas também amava demais Laura. Ela lembrava muito sua mãe. E apesar de ser triste e sozinha, Laura tinha personalidade forte, assim como Giovanna, sua mãe. Roberto tinha uma empresa, e por isso, quase nunca estava em casa.

Laura conhecia muitos países. Índia, Itália, Inglaterra, França, Austrália, e por aí vai. Na escola vivia sempre sozinha, sei disso porque certa vez fui levá-la, e ao invés de ir embora, fiquei lá, e vi como era sua rotina escolar. Laura me considerava como uma segunda mãe. Isso era muito especial para mim.

Em seu misterioso quarto havia poucos objetos, porém muito significativos. Poucas bonecas, poucos ursos. Nenhum diário nem nada rosa. Laura não era como a maioria das meninas. Laura dava ao lugar do rosa, o azul e o roxo. Ao lugar de diários, livros filosóficos. E ao lugar de coisas fofinhas, tinha objetos de todos os países que já havia visitado. Não eram objetos sem nexo, para ela, eles significavam muito. Eram sérios... Se é que pode me entender! A cor de seu quarto, não era roxo nem azul. Era uma misturas de cores, como as cores que aparecem nas bolinhas de sabão... Sim! O quarto de Laura era o mais suave possível, claro e harmonioso.

Laura tinha muitas coisas, mas para ela, quase nada daquilo tinha importância. Seus sentimentos eram profundos, e quando falava com alguém, costumava olhar profundamente nos olhos das pessoas. Talvez fosse sensível desde pequena, porque sempre leu muitos livros, os quais eram muito sérios para sua idade. Sempre muito emocionantes, contavam histórias reais, das mais tristes e amargas, as mais felizes e alegres.

Sua inteligência era de chamar atenção. Construía frases com palavras difíceis, e com muita importância. Desde pequena tinha um comportamento sério e educado. Seu interesse por coisas diferentes era muito aparente. Estava sempre em busca de coisas novas.

Com tamanha tristeza, andava arrastando os seus pés, como se a eles estivessem presas, grandes e pesadas correntes. Mas o que sempre me impressionou, é que eu sabia que por trás de tudo isso, havia uma linda menina, que tinha um coração enorme. E isso era o mais importante!

Certo dia, após voltar da escola, Laura foi ao escritório de seu pai. Ela parecia calma, e queria falar algo. Com tamanha sinceridade e confiança, perguntou ao seu pai:
- Por que quase nunca está em casa, pai?
- Tenho que trabalhar filha!
- É claro que tem! Porém, eu esperava que você mostrasse o seu amor por mim.
- Laura, você sabe que a amo muito. E que se tivesse mais tempo, ficaria mais com você.
Com a expressão triste, levantou a cabeça e parecia que iria explodir. Assim falou:
- Você acha que eu não gosto das viagens que nós fazemos? É claro que eu gosto pai. Mas eu quero algo mais. Eu quero o sentimento mais belo, vindo do fundo do coração, aquele que as pessoas se esquecem de demonstrar. Dizem sempre que estão com a agenda cheia e que por isso não tem tempo para nada. Como podem falar assim, papai? Amar é algo profundo, o sentimento mais belo que já existiu. A agenda cheia provoca a raiva, que conseqüentemente provoca o ódio, e assim as pessoas se esquecem de amar. Acham difícil amar. Mas não é. É tão fácil sair por aí dizendo que você ama tal pessoa, e porque quando alguém fala sério, as pessoas acham que é difícil? Vai ver nunca amaram, não sabem como é sentir o amor. Quando a gente ama, os seus olhos sorriem por você, é como se tudo a sua volta tivesse o mesmo valor. Pai, eu não digo o amor que os seres humanos conhecem, estou falando do amor incondicional! Pode me compreender?
Nada foi dito. Roberto parecia assustado com a sinceridade da filha, e constrangido por tudo isso. Já Laura, parecia bem, leve, solta. Por um momento me pareceu feliz! Sim! Feliz!
- Entendi. Você não compreende, não é? Quase ninguém compreende! Fico triste por você pai!

A menina saiu do escritório realmente arrasada, sentou-se a mesa e começou a comer. Enquanto comia, parecia chorar, mas não havia lágrimas, o choro era lá dentro, no fundo do coração.

Bom, mais tarde eu coloco a segunda parte!!
Beijos

Um pensamento...

Diga o que você quiser!
A fala dos maus fere o coração dos bons.
E não importa o quão alto os seus olhos gritem... quase ninguém vê com o coração!
E não importa o tamanho da sua tristeza... quase ninguém parece notá-la!
Não importa se seu sorriso é falso ou sincero,
já que vivemos em um mundo de máscaras!
Olhe lá fora! Vê a chuva? Ela é tão frágil e forte.
Ninguém parece notá-la, mas agora ela lava a alma dos homens!
E seus olhos embaixo dela, parecem chorar agora...
Tão tristes e alegres...
Você pode ver?



Lígia G. V.
Beijos
;)

sábado, 3 de outubro de 2009

Codex Alimentarius

Para quem ainda não viu, ou já ouviu falar mas não sabe do que se trata, recomendo estes sites:

http://www.anovaordemmundial.com/2009/07/codex-alimentarius-nutricidio-planejado.html

http://revelatti.blogspot.com/2008/10/controle-nos-alimentos-o-codex.html

Agora você é quem decide se vai acreditar ou não!

Beijos

Natureza

Hoje em dia o tempo passa tão rápido que muitas pessoas "esquecem" de dar valor ao belo e ao essencial! Espero que as coisas mudem e que as pessoas percebam o que estão fazendo!
Beijos ;)

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Sociedade

Bom, estive pensando em como as pessoas agem e como muitas não acreditam na beleza delas. Então decidi falar um pouco sobre isso.




Você se acha gorda demais? Seu cabelo não é loiro e nem escorrido? Você não tem um corpo com os “padrões de beleza” impostos pela sociedade?
Podemos dizer que o mundo é dirigido por muitas pessoas, e essas que o dirigem escolhem padrões para a sociedade seguir. Você liga a televisão e a primeira coisa que vê é um comercial de cabelos. A moça é alta, magra, tem cabelo liso, comprido e perfeito! Um rosto “lisinho”, sem nenhuma ruga. Então você se questiona “Por que não tenho um cabelo assim? Ou um rosto sem espinhas ou rugas?” É nesse instante que você já não pensa por si mesmo.
Já parou para pensar que esses padrões de beleza não são reais? Uma pessoa magra nem sempre tem beleza, e ter cabelos lisos não mostra quem você realmente é. Propagandas servem para persuadir o telespectador, e quem as fazem conseguem encontrar o segredo para atrair clientes. Essa é a verdade. O que você vê na TV nem sempre é real. Aquela moça pode ter rugas. E o que acontece? Eles fazem você acreditar naquilo. Fazem você pensar que precisa ser daquele modo para ser aceito na sociedade.
O mesmo ocorre com roupas e sapatos de marca. Você precisa daquilo para ser perfeito e feliz. Se não você não tem, é descartado e massacrado. O mesmo ocorre com carros, casas, celulares, aparelhos musicais...
E assim a mídia consegue o que quer. Fazer com que as pessoas não pensem mais. Fazer com que elas não se aceitem e nem se respeitem. Você é do jeito que você gostaria de ser? Você se veste como gosta? Você fala tudo o que pensa?
Além de a mídia fazer com que as pessoas não sejam elas mesmas, ela ainda é capaz de mostrar as pessoas como não respeitar o próximo. Você pode comprovar isso em novelas. Um exemplo que ocorre muito hoje em dia é o das pessoas que pensam de forma diferente. Essas são rejeitadas, massacradas, humilhadas e muitas vezes maltratadas pelo simples fato de fugirem do padrão social.
Então o que você deve fazer é ficar calado e ser mais um robô da mídia? Claro que não. Corra, lute, prove que a realidade pode ser bem diferente desta que vivemos hoje. Enquanto muitos olhos estiverem “fechados” nada mudará. Se o seu está aberto então lute para abrir os que insistem em ficar na “escuridão”!


É isso! Espero que isso possa ficar martelando na cabeça das pessoas, e que com isso elas percebam que todos temos beleza e que não podemos mais seguir esses padrões impostos pela sociedade!

Beijos ;)

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Olá gente! Fiquei algum tempo sem postar, mas agora voltei. Aqui vai mais uma história!
Beijos ;)



Lampejos do amanhã

Eu estava sentada na sala, na frente da janela, vendo as árvores e as flores, quando avistei uma garotinha correndo atrás de uma borboleta verde! Mas de repente elas sumiram, e o que os meus olhos viram, era algo extremamente diferente.

Está tudo mudado. As pessoas agora parecem mortas. Os sonhos parecem não existir! Não há vento! E eu já não me sinto livre! Os pássaros voam, mas não cantam. As flores já não têm as mesmas cores.

Nós, seres humanos, fizemos tudo errado. Insistimos em agir daquele modo! Achávamos que o que escutávamos na televisão era mentira! Mas sempre foi verdade. É como se a natureza se revoltasse, e fizesse conosco o que fizemos com ela! Por que não a ouvimos? Por que não nos conscientizamos? Por que nos matamos?

Aqui não há sorriso! Não há árvores! Não há alegria! É como se a felicidade se escondesse e ninguém conseguisse encontrá-la. Quem tem problemas respiratórios, sofre com a ausência do vento, assim como eu sofro com a ausência do amor!

Eu queria voltar no tempo, para fazer tudo diferente! Mas não é possível. Agora sentimos as consequências e sofremos! Será que era assim que as árvores se sentiam? Será que elas sentiam dor quando eram derrubadas? Ou será que nunca sentiram nada? E quem as matava? Como será que se sentem agora?

Muitas pessoas estão se matando! Hoje foram 100. Quantas serão amanhã? Aqui não há muita água, mas ainda a temos! Muitos animais estão extintos. Cada um de nós luta pela sobrevivência e nos viramos como podemos! A água é muito rara! Alguns não têm acesso a ela e morrem! Eu divido a pouca água que tenho, com alguns vizinhos. E eles me agradecem todo dia por isso.

Há muitos que continuam não se importando com o próximo, assim como antigamente. Eu não compreendo como isso ainda pode acontecer. Por mais que uns tenham mais que outros, estamos todos na mesma situação! Não sei como os pássaros ainda vivem, porque como já disse antes, as árvores são muito raras. Se os pássaros não cantam mais, será que um dia deixaremos de falar?

Aqui as crianças não brincam, não cantam e nem pulam! Elas são sérias e muitas parecem mais maduras que os adultos! Elas trabalham como eles! A tecnologia é ruim. A internet não existe mais, e a TV a cabo faliu! Os celulares são muito caros, quase ninguém compra. Mas muitos têm, porque guardaram os que já tinham!

Eu me lembro que quando eu era jovem, todos trocavam de celular a cada ano. Quando um aparelho novo era lançado, “todos” abandonavam os antigos. Era um capitalismo absurdo! É muito estranho lembrar disso, e ver como as coisas são hoje.

Aqui não há riso e não há festa! As pessoas guardam suas mágoas e choram suas culpas! E lembramos a todo o momento, como era bom quando éramos crianças. Brincávamos, pulávamos... Sorríamos! Enfim, éramos felizes e nem ao menos sabíamos! Mas vejo a garotinha novamente, ela ainda está lá!

Logo percebo que as coisas ainda estão normais. Que ainda somos felizes! Os pássaros ainda cantam, as árvores existem e as flores ainda têm cores! E eu ainda posso mostrar aos meus amigos como somos felizes e conscientizá-los! Afinal, sempre seremos crianças em busca da felicidade!

Lígia

domingo, 2 de agosto de 2009

Universo



Depois de tanto tempo, muitas pessoas continuam a acreditar que somos os únicos no universo! Numa realidade tecnológica tão avançada, como os seres humanos podem ter pensamentos tão retrógrados? A verdade está aí, estampada na cara, e muitos não admitem por medo! Como o governo é capaz de esconder tantas coisas de nós? E como todos permitem que a mídia pense por nós? Somos praticamente robôs, assistimos a tudo e ainda aplaudimos!
Muitas evidências de vida extraterrestre estão aí, e muitos continuam com a antiga e clássica pergunta: “E onde estão as provas?”. Existem provas. Procure, procure e procure que você encontrará!
O que as pessoas precisam fazer é respeitar mais a opinião alheia. E quem sabe quando os governos pararem de esconder a verdade, os seres humanos percebam que tolos não eram aqueles que acreditavam em uma evolução, em seres extraterrestres e em naves na Terra, mas sim os que julgavam sem ter conhecimento algum.

Obs.: quero deixar claro que respeito todas as opiniões, essa é apenas a minha!
Bom, acho que hoje é só isso mesmo!
Beijos!

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Criei essa história faz algumas semanas. Gosto dela, então decidi colocá-la aqui!

Estrela

Sentada num lugar qualquer de uma rua qualquer, numa noite fria e infinita, entre milhões e milhões de estrelas, avistei uma estrela cadente. Faça um pedido! Mas eu tinha tantos pedidos, que apenas uma não daria conta de satisfazer todos. Escolha um. Qual era afinal, o meu pedido mais importante? Poderia pedir uma chuva de estrelas cadentes, isso seria bom, porque assim, eu conseguiria realizar todos.
Mas era tarde demais. Meus olhos, agora, fitavam apenas as inúmeras estrelas brilhantes no céu. Nenhum vestígio. Nenhum desejo. Estava tão triste. Frustrante. Acabei sem nenhum desejo realizado. Por medo de escolher o mais simples e sem graça. Tão sem graça querer nadar em um mar de rosas brancas.
Mas quais eram os outros? Um pai? Um sapato? Um cobertor? Talvez uma casa. Sim, uma casa com cama e muitos cobertores. Seria tão agradável dormir no quente. Talvez comida. Há tanto tempo não comia... O cheiro das casas ao redor me enlouquecia. Arroz, batatas cozidas, frango e tomates bem verdes.
Eu tinha perdido a chance. Não havia casa, cobertor, cama e muito menos comida.
O que me cercava eram apenas as paredes de uma rua sem saída.
Levante-se daí! Vá procurar algo! Não! Não! Meus pensamentos às vezes me irritavam. O que eu encontraria se saísse dali?! Talvez olhares maldosos. Pobres humanos. Nem sabem o que fazem. Pobre planeta, que sofre com a ignorância dos homens! Talvez eu encontrasse cachorros magros e abandonados. Não queria ver tudo isso novamente.
Um senhor andava na minha direção. Provavelmente entraria numa casa. Carregava sacolas com comida e roupas. Por um momento desejei que aquilo fosse meu. Levante-se! Vamos, vá falar com ele! Mas antes que eu pudesse me levantar, ele estava ali, parado na minha frente, sorrindo. Olhos azuis. Cabelos grisalhos. Alto e magro. Colocou cuidadosamente as sacolas no chão e num ato rápido esticou o braço e estendeu a mão para mim.
Segure-a! Vá logo! Ele não vai esperar! Num ato de impulso, segurei sua mão tão forte que podia ver a sua expressão de dor. Mas ao levantar minha cabeça, vi que agora o sorriso era infinito, como uma porta para a eternidade.
Levantei-me. O vento balançava os meus cabelos. O senhor segurava a minha mão enquanto saíamos da rua angustiante. Quis olhar pela última vez o local, e ao me virar, percebi que eu ainda estava lá. No mesmo chão, o mesmo papelão, as mesmas lágrimas. Agora estava deitada e de olhos fechados. Estava morta. Tanto frio... eu morri de frio? Fome? Talvez falta de esperança. Ou aqueles tomates gordos e verdes, que eu sempre desejei comer, tivessem me enlouquecido. Morta.
Meus olhos, fechados, agora se abriam para o infinito. Talvez o desejo mais sem graça, não fosse realmente se graça. Era o melhor e o mais importante de todos.
Finalmente eu nadava em um mar de rosas brancas. E sem medo, eu caminhava para um novo lugar, bem longe de lá!
Olá leitores! Obrigada por visitarem o meu blog! Bom, eu o criei para colocar minhas histórias, mostrar no que eu acredito e no que penso!
Beijos ;)