Enquanto fugia ela ouvia os cavalos correrem a sua procura.
Seus pés descalços pisavam nas folhas secas e geladas. As lágrimas rolavam
pelo seu rosto entristecido e amedrontado. As imagens jamais sairiam de sua
mente, era o que ela acreditava. Tudo o que ela mais amava havia sido tirado de
sua vida. Jamais havia sentido tanto medo. Tinha medo de morrer como todos os
outros, mas também de viver em um mundo solitário. Havia lutado tanto para que
aquilo não acontecesse que agora tinha a impressão de que nada havia valido a
pena. E quando, já muito cansada, caíra
no chão, ela vira pela última vez aqueles lindos olhos cinzas a fitarem.
Lígia G. V.
Luz e paz!
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