- Laura, já vai para a escola?
- Vou sim, Amélia! Tchau! Até mais tarde!
E assim vi Laura passar pela porta, correndo e pulando, balançando seus lindos cachinhos! Ela estava feliz! Isso era certo!
Laura tinha um sonho que toda criança deseja realizar! Ela queria poder voar! Ficava horas falando sobre isso. Falava sobre o vento no rosto, as estrelas passando ao seu lado, falava dos pássaros... Laura vivia sonhando que estava voando. Assim é que conhecia a sensação do vento no rosto, das estrelas... De tudo!
Quando ela voltou da escola, perguntou se eu gostaria de ir para floresta com ela, respondi que sim, e lá fomos nós!
- Amélia, não tenha medo dos bichos! Por favor, hein?!
- Não se preocupe!
- E não se assuste com a quantidade de borboletas, elas amam esse lugar!
- Está muito longe?- perguntei ansiosa.
- Não, já chegamos!
Meus olhos paralisaram! Aquilo era incrível! Uma beleza de outro mundo! A suavidade das cachoeiras, a grandeza das árvores, a melodia dos pássaros, a leveza das milhares de borboletas... Aquilo era... magnífico! Estava explicado o motivo da felicidade de Laura! O Lugar transmitia paz, tinha uma luz infinita.
As borboletas eram mais do que lindas... De diversas cores e tamanhos... Jamais poderia me assustar com elas!
- O que achou Amélia?
- É tudo muito lindo, Laura!
- É aqui que venho quase todos os dias! É aqui que me recarrego! E é aqui que sonho com todos os meus sonhos!
- Como foi que achou esse lugar?
- Às vezes encontramos o que não estamos procurando!
E ali passamos muito tempo! Laura corria de um lado para o outro, brincava com as borboletas, tirava fotos... E antes de irmos embora ela disse:
- Amélia, um dia eu partirei, mas não quero que você sofra com a minha ida! Sinto que as coisas mudaram, e que muitas outras coisas podem acontecer! Mas por favor, não se esqueça nunca que nós somos feitos de sonhos, e sem eles não viveremos! Por isso deve acreditar neles sempre, porque quando menos você espera, eles se realizam!
Porque ela tocara naquele assunto? Não estávamos falando sobre isso! Seu tom misterioso me assustou... Mas percebi que aquilo era apenas mais uma de suas reflexões!
Sua felicidade me deixava feliz! Aquele brilho no olhar... Uma menina única, que jamais seria capaz de esquecer! Sua fala serena me encantava, o jeito dela andar me impressionava, era como se estivesse flutuando!
Chegando em casa, vimos que Roberto estava lá. Sentado no sofá da sala! Laura correu até e ele, e deu um abraço daqueles nele!
- Pai, você está aqui! Queria muito ver você!
- Laura, meu anjinho, decidi vir para casa mais cedo hoje! Mas tem algo que queira me falar?
- Não, não queria falar nada! Só quero ficar com você! Sabe pai, você é muito especial para mim! Um amor profundo! Quero ficar com você, só isso!
-Minha linda! Sinto um amor profundo por você também! Quer assistir filmes?
- Mas é claro!
E ali ficaram durante horas! Conversando, contando segredos, se abraçando... Momentos únicos que há muito tempo não aconteciam!
No dia seguinte, Laura fez algo diferente. Antes de ir à escola, me abraçou bem forte, olhou profundamente em meus olhos e disse:
- Amo você!
Aquilo foi muito especial. Laura era meu anjinho, a menina doce, de coração enorme.
Laura passou dessa vez, pela porta da sala, abraçou seu cachorro por longos minutos, foi em direção ao carro, quando parou e acenou para mim! Logo depois entrou no carro, e se foi!
Já era 19h, quando percebi que Laura não estava em casa! Ela não era de ficar andando por aí, sempre voltava pra casa às 18h. Mas Laura não estava lá! Comecei a ficar preocupada! Meu coração disparava! Quando de repente, um guarda florestal tocou a campainha!
- Minha senhora, é aqui que mora o senhor Roberto Mendonça?
- É sim! Aconteceu alguma coisa?
- Ele está?
- Ainda não voltou do trabalho!
- Sinto lhe informar que a filha dele foi encontrada morta, num dos rios de uma floresta próxima daqui!
Não podia acreditar! Aquilo não podia ser real! Como falaria para Roberto que sua filha já não estava aqui? Meus olhos se encheram de lágrimas, meu coração parecia triste, tudo pareceu ficar escuro.
Roberto chegou, e quis saber o que acontecia. A casa estava rodeada de carros da polícia, ambulância... Havia chegado a hora!
Roberto caiu no choro antes mesmo de escutar toda a história. Não era fácil tudo aquilo.
Os dias foram passando, e eu decidi ir embora da casa! Ia morar em outra cidade, ajudar a minha mãe! Roberto compreendeu, e foi assim que abandonei aquela linda casa! Cheia de magia e fantasia! Um lugar cheio de muito amor.
Hoje eu torço para que a minha mente não caia no esquecimento, para que as lembranças que ainda restam dela não se percam no tempo!
E eu sempre me lembrarei daquele jeito dela olhar, num tempo de um mundo bom, que hoje volto a acreditar que existe! E a ausência de seu sorriso, hoje me faz chorar, mas me faz lembrar que a felicidade está presente nas coisas mais simples da vida! Quando eu me lembro daquele tempo cheio de paisagens no ar, me lembro também que um dia custei a acreditar que ela voltaria a viver!
Mas agora ela se foi! E sempre me lembrarei daquele grande abraço e daquele tchau! Daquele olhar infinito, e da paz que ela tinha! Do seu amor pela vida, e de sua capacidade de amar todos!
Agora compreendo quando ela falou sobre os sonhos na floresta! Laura realizou seu maior sonho: voar! Agora ela podia voar, podia sentir a sensação do vento, ver o mar de estrelas... E se voar é como era nos sonhos dela, deve ser muito belo!
O maior segredo da vida é viver a vida sem esperar as coisas, quando você menos espera, elas aparecem! Afinal, nós nem sempre encontramos o que estávamos procurando!
Bom é isso!
Até mais! ☺
terça-feira, 20 de outubro de 2009
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Quando Laura voou - Parte 2
- Laura, quando sua mãe ainda era viva, eu a amava a cada segundo, e por amá-la, amava a todos também. Era algo mágico, eu me sentia muito bem. Sua mãe costumava dizer que você era uma pessoa muito amável, e acho que não se enganou!
Agora fora a vez de Laura permanecer calada. Apenas olhava. Percebi que ela falava em silêncio sobre sua mãe. Mas de repente, num impulso ela falou:
- Mamãe não morreu pai! – falou a menina.
- Como não morreu?
Ela não respondeu novamente. Além de muito inteligente, Laura amava deixar as frases no ar.
- Não entende, não é? Olhe a sua volta, o que vê é só móvel, parede, objeto! Não há sentimento. Muitos jovens gostariam de estar no meu lugar hoje. Mas pra que se não há sentimento nessa casa? Eu morri há cinco anos... E não teria acontecido isso se houvesse sentimento aqui! Há muito sentimento dentro de mim, pai! Mas não basta só eu senti-los!
Ela se retirou, subiu a longa escada, e entrou em seu quarto. Lá ela passou alguns minutos montando um quebra cabeça de 1000 peças! Minutos, entende? Ela só tinha 16 anos!
Todo fim de tarde, Laura ia para varanda do seu quarto, sentava e apreciava o lindo pôr do sol. Até mesmo quando não havia, ela estava lá! Nas tardes, ela ficava horas no jardim. Brincava com as borboletas, libélulas, pássaros e até mesmo abelhas. Ela falava com as árvores e dizia que tudo ficaria bem, cantava uma, duas, três canções e depois ia embora. Realmente emocionante. Pode não ser para quem apenas lê essa simples história, mas é para quem a vê!
Laura desceu para o jantar, e enquanto comia, sentia a falta do pai. Dessa vez, Laura chorava. As lágrimas eram grandes e pareciam muito pesadas. Eu já não aguentava mais. Doía muito vê-la daquele jeito. Enquanto mastigava e chorava, ela cantava uma linda melodia. A cada nova nota, uma nova lágrima surgia. A melodia parecia interminável. Quando parou de cantar, as lágrimas simplesmente sumiram!
Laura ficou lá! Terminou o jantar e permaneceu.
- Laura, não quer mais nada minha linda? – eu perguntei.
- Não, não, Amélia! Obrigada. – disse a menina.
- Você está bem? – perguntei.
Ela não respondeu. Eu fiquei ali, e entendi que ela não queria falar. Ela soltava um“Ah”, como se quisesse falar algo, e não demorou muito para que isso acontecesse.
- Amélia, você acha que as pessoas conhecem alguém de verdade?
E assim Laura saiu. Não esperou minha resposta. Compreendi então que não queria uma resposta, queria que eu filosofasse!
Eu pensei muito, e decidi conversar com ela. Fui ao seu quarto, foi quando me deparei com uma gaveta cheia de fotografias. Algumas de sua mãe, e as outras de paisagens. Fotos bonitas... Inspiradoras, harmoniosas... Jardins grandes com muitas flores de diversas cores... Cachoeiras lindas, com um ar leve... Fotos um tanto misteriosas!
- Amélia, vejo que descobriu minha gaveta?!- Falou a menina
- Estava tudo aqui já, desculpe por olhar, mas sabe que aprecio muito as suas coisas!
- Não se preocupe! Tiro essas fotos sempre, sabe como sou, gosto muito da natureza...
- É, e continue assim...
Eu iria falar com ela sobre as pessoas conhecerem alguém realmente, porém Laura já parecia estar desligada daquele assunto, então decidi deixar pra lá. E assim saí do quarto lembrando-me das belas paisagens que encontrei.
Ela dormiu e nem esperou seu pai chegar. No dia seguinte, já bem cedo Laura disse:
- Amélia, não se preocupe comigo. Hoje voltarei mais tarde.
Ela não disse para onde ela iria, e eu nem quis perguntar, quando Laura não dá mais informações é porque é uma coisa muito intima dela.
Laura costumava sentir muito a falta das pessoas que realmente gostava. Uma frase do tipo “vou embora e não voltarei” a perturbava muito. Ela tem uma consideração muito grande pelos amigos. Não menti jamais. E não teme a verdade. Ninguém a engana. Laura é muito distraída. É como se estivesse em outro mundo, mas sabe quando alguém está dando um “golpe” nela.
O dia foi triste. Sem a suavidade de Laura, a casa permaneceu fria. Não havia barulho... Não havia falas... Não havia... amor.
Laura chegou realmente bem tarde. Mas chegou com um grande sorriso nos olhos! O que havia ocorrido para ela ficar assim? Estaria ela apaixonada?
- Apaixonada? Está louca Amélia? É claro que não estou apaixonada!
- Sei. E qual é a razão de seus olhos brilharem tanto, meu anjo?
- Nada Amélia, nada!
Laura estava flutuando, falava cada vez mais suave, uma voz serena. Irradiava uma luz infinita. Com seus misteriosos segredos era impossível descobrir! Mas achei que naquele dia, Laura tinha ido passear pelas florestas. E lá, vai saber o que ela acha.
Ela não quis jantar, disse que estava cansada. Compreendi. Assim, logo foi dormir. Mais uma vez, com a ausência do pai na casa! Durante a noite, me dei conta de que com o passar dos dias, Laura sorria mais. Estaria ela voltando a ser feliz?
Mais tarde eu coloco o final... espero que gostem!!
Beijos ☺
Agora fora a vez de Laura permanecer calada. Apenas olhava. Percebi que ela falava em silêncio sobre sua mãe. Mas de repente, num impulso ela falou:
- Mamãe não morreu pai! – falou a menina.
- Como não morreu?
Ela não respondeu novamente. Além de muito inteligente, Laura amava deixar as frases no ar.
- Não entende, não é? Olhe a sua volta, o que vê é só móvel, parede, objeto! Não há sentimento. Muitos jovens gostariam de estar no meu lugar hoje. Mas pra que se não há sentimento nessa casa? Eu morri há cinco anos... E não teria acontecido isso se houvesse sentimento aqui! Há muito sentimento dentro de mim, pai! Mas não basta só eu senti-los!
Ela se retirou, subiu a longa escada, e entrou em seu quarto. Lá ela passou alguns minutos montando um quebra cabeça de 1000 peças! Minutos, entende? Ela só tinha 16 anos!
Todo fim de tarde, Laura ia para varanda do seu quarto, sentava e apreciava o lindo pôr do sol. Até mesmo quando não havia, ela estava lá! Nas tardes, ela ficava horas no jardim. Brincava com as borboletas, libélulas, pássaros e até mesmo abelhas. Ela falava com as árvores e dizia que tudo ficaria bem, cantava uma, duas, três canções e depois ia embora. Realmente emocionante. Pode não ser para quem apenas lê essa simples história, mas é para quem a vê!
Laura desceu para o jantar, e enquanto comia, sentia a falta do pai. Dessa vez, Laura chorava. As lágrimas eram grandes e pareciam muito pesadas. Eu já não aguentava mais. Doía muito vê-la daquele jeito. Enquanto mastigava e chorava, ela cantava uma linda melodia. A cada nova nota, uma nova lágrima surgia. A melodia parecia interminável. Quando parou de cantar, as lágrimas simplesmente sumiram!
Laura ficou lá! Terminou o jantar e permaneceu.
- Laura, não quer mais nada minha linda? – eu perguntei.
- Não, não, Amélia! Obrigada. – disse a menina.
- Você está bem? – perguntei.
Ela não respondeu. Eu fiquei ali, e entendi que ela não queria falar. Ela soltava um“Ah”, como se quisesse falar algo, e não demorou muito para que isso acontecesse.
- Amélia, você acha que as pessoas conhecem alguém de verdade?
E assim Laura saiu. Não esperou minha resposta. Compreendi então que não queria uma resposta, queria que eu filosofasse!
Eu pensei muito, e decidi conversar com ela. Fui ao seu quarto, foi quando me deparei com uma gaveta cheia de fotografias. Algumas de sua mãe, e as outras de paisagens. Fotos bonitas... Inspiradoras, harmoniosas... Jardins grandes com muitas flores de diversas cores... Cachoeiras lindas, com um ar leve... Fotos um tanto misteriosas!
- Amélia, vejo que descobriu minha gaveta?!- Falou a menina
- Estava tudo aqui já, desculpe por olhar, mas sabe que aprecio muito as suas coisas!
- Não se preocupe! Tiro essas fotos sempre, sabe como sou, gosto muito da natureza...
- É, e continue assim...
Eu iria falar com ela sobre as pessoas conhecerem alguém realmente, porém Laura já parecia estar desligada daquele assunto, então decidi deixar pra lá. E assim saí do quarto lembrando-me das belas paisagens que encontrei.
Ela dormiu e nem esperou seu pai chegar. No dia seguinte, já bem cedo Laura disse:
- Amélia, não se preocupe comigo. Hoje voltarei mais tarde.
Ela não disse para onde ela iria, e eu nem quis perguntar, quando Laura não dá mais informações é porque é uma coisa muito intima dela.
Laura costumava sentir muito a falta das pessoas que realmente gostava. Uma frase do tipo “vou embora e não voltarei” a perturbava muito. Ela tem uma consideração muito grande pelos amigos. Não menti jamais. E não teme a verdade. Ninguém a engana. Laura é muito distraída. É como se estivesse em outro mundo, mas sabe quando alguém está dando um “golpe” nela.
O dia foi triste. Sem a suavidade de Laura, a casa permaneceu fria. Não havia barulho... Não havia falas... Não havia... amor.
Laura chegou realmente bem tarde. Mas chegou com um grande sorriso nos olhos! O que havia ocorrido para ela ficar assim? Estaria ela apaixonada?
- Apaixonada? Está louca Amélia? É claro que não estou apaixonada!
- Sei. E qual é a razão de seus olhos brilharem tanto, meu anjo?
- Nada Amélia, nada!
Laura estava flutuando, falava cada vez mais suave, uma voz serena. Irradiava uma luz infinita. Com seus misteriosos segredos era impossível descobrir! Mas achei que naquele dia, Laura tinha ido passear pelas florestas. E lá, vai saber o que ela acha.
Ela não quis jantar, disse que estava cansada. Compreendi. Assim, logo foi dormir. Mais uma vez, com a ausência do pai na casa! Durante a noite, me dei conta de que com o passar dos dias, Laura sorria mais. Estaria ela voltando a ser feliz?
Mais tarde eu coloco o final... espero que gostem!!
Beijos ☺
sábado, 10 de outubro de 2009
Quando Laura voou
Existiam apenas três palavras para Laura Mendonça: a tristeza, a infelicidade e a solidão! Laura era uma menina muito bela, seu rosto suave era notado por todos, porém a ausência do sorriso espantava todos. Ela sempre foi muito só. Perderá a mãe muito jovem e desde então nunca mais demonstrou um sinal de afeto. Sua rotina sempre muito cheia de coisas contribuía ainda mais para seu desafeto. Era muito séria, e de vez em quando a escutava chorar em seu quarto. Eu Amélia, que era a empregada, sempre quis ajudá-la, e perguntava a ela porque chorava daquela forma, respostas que sempre foram dadas com um grande e suave silêncio. Eu costumava dizer, então, que o silêncio era a melhor resposta!
Seus olhos azuis deixavam-na ainda mais bela. Combinavam perfeitamente com seus longos e castanhos cabelos. Ela tinha um olhar marcante, significativo. Muitas vezes parecia que queriam falar algo, e nessas inúmeras vezes tentei decifrá-los, foi então que dei de cara com um vazio angustiante!
Seu pai, o Roberto, trabalhava demais, mas também amava demais Laura. Ela lembrava muito sua mãe. E apesar de ser triste e sozinha, Laura tinha personalidade forte, assim como Giovanna, sua mãe. Roberto tinha uma empresa, e por isso, quase nunca estava em casa.
Laura conhecia muitos países. Índia, Itália, Inglaterra, França, Austrália, e por aí vai. Na escola vivia sempre sozinha, sei disso porque certa vez fui levá-la, e ao invés de ir embora, fiquei lá, e vi como era sua rotina escolar. Laura me considerava como uma segunda mãe. Isso era muito especial para mim.
Em seu misterioso quarto havia poucos objetos, porém muito significativos. Poucas bonecas, poucos ursos. Nenhum diário nem nada rosa. Laura não era como a maioria das meninas. Laura dava ao lugar do rosa, o azul e o roxo. Ao lugar de diários, livros filosóficos. E ao lugar de coisas fofinhas, tinha objetos de todos os países que já havia visitado. Não eram objetos sem nexo, para ela, eles significavam muito. Eram sérios... Se é que pode me entender! A cor de seu quarto, não era roxo nem azul. Era uma misturas de cores, como as cores que aparecem nas bolinhas de sabão... Sim! O quarto de Laura era o mais suave possível, claro e harmonioso.
Laura tinha muitas coisas, mas para ela, quase nada daquilo tinha importância. Seus sentimentos eram profundos, e quando falava com alguém, costumava olhar profundamente nos olhos das pessoas. Talvez fosse sensível desde pequena, porque sempre leu muitos livros, os quais eram muito sérios para sua idade. Sempre muito emocionantes, contavam histórias reais, das mais tristes e amargas, as mais felizes e alegres.
Sua inteligência era de chamar atenção. Construía frases com palavras difíceis, e com muita importância. Desde pequena tinha um comportamento sério e educado. Seu interesse por coisas diferentes era muito aparente. Estava sempre em busca de coisas novas.
Com tamanha tristeza, andava arrastando os seus pés, como se a eles estivessem presas, grandes e pesadas correntes. Mas o que sempre me impressionou, é que eu sabia que por trás de tudo isso, havia uma linda menina, que tinha um coração enorme. E isso era o mais importante!
Certo dia, após voltar da escola, Laura foi ao escritório de seu pai. Ela parecia calma, e queria falar algo. Com tamanha sinceridade e confiança, perguntou ao seu pai:
- Por que quase nunca está em casa, pai?
- Tenho que trabalhar filha!
- É claro que tem! Porém, eu esperava que você mostrasse o seu amor por mim.
- Laura, você sabe que a amo muito. E que se tivesse mais tempo, ficaria mais com você.
Com a expressão triste, levantou a cabeça e parecia que iria explodir. Assim falou:
- Você acha que eu não gosto das viagens que nós fazemos? É claro que eu gosto pai. Mas eu quero algo mais. Eu quero o sentimento mais belo, vindo do fundo do coração, aquele que as pessoas se esquecem de demonstrar. Dizem sempre que estão com a agenda cheia e que por isso não tem tempo para nada. Como podem falar assim, papai? Amar é algo profundo, o sentimento mais belo que já existiu. A agenda cheia provoca a raiva, que conseqüentemente provoca o ódio, e assim as pessoas se esquecem de amar. Acham difícil amar. Mas não é. É tão fácil sair por aí dizendo que você ama tal pessoa, e porque quando alguém fala sério, as pessoas acham que é difícil? Vai ver nunca amaram, não sabem como é sentir o amor. Quando a gente ama, os seus olhos sorriem por você, é como se tudo a sua volta tivesse o mesmo valor. Pai, eu não digo o amor que os seres humanos conhecem, estou falando do amor incondicional! Pode me compreender?
Nada foi dito. Roberto parecia assustado com a sinceridade da filha, e constrangido por tudo isso. Já Laura, parecia bem, leve, solta. Por um momento me pareceu feliz! Sim! Feliz!
- Entendi. Você não compreende, não é? Quase ninguém compreende! Fico triste por você pai!
A menina saiu do escritório realmente arrasada, sentou-se a mesa e começou a comer. Enquanto comia, parecia chorar, mas não havia lágrimas, o choro era lá dentro, no fundo do coração.
Bom, mais tarde eu coloco a segunda parte!!
Beijos
Seus olhos azuis deixavam-na ainda mais bela. Combinavam perfeitamente com seus longos e castanhos cabelos. Ela tinha um olhar marcante, significativo. Muitas vezes parecia que queriam falar algo, e nessas inúmeras vezes tentei decifrá-los, foi então que dei de cara com um vazio angustiante!
Seu pai, o Roberto, trabalhava demais, mas também amava demais Laura. Ela lembrava muito sua mãe. E apesar de ser triste e sozinha, Laura tinha personalidade forte, assim como Giovanna, sua mãe. Roberto tinha uma empresa, e por isso, quase nunca estava em casa.
Laura conhecia muitos países. Índia, Itália, Inglaterra, França, Austrália, e por aí vai. Na escola vivia sempre sozinha, sei disso porque certa vez fui levá-la, e ao invés de ir embora, fiquei lá, e vi como era sua rotina escolar. Laura me considerava como uma segunda mãe. Isso era muito especial para mim.
Em seu misterioso quarto havia poucos objetos, porém muito significativos. Poucas bonecas, poucos ursos. Nenhum diário nem nada rosa. Laura não era como a maioria das meninas. Laura dava ao lugar do rosa, o azul e o roxo. Ao lugar de diários, livros filosóficos. E ao lugar de coisas fofinhas, tinha objetos de todos os países que já havia visitado. Não eram objetos sem nexo, para ela, eles significavam muito. Eram sérios... Se é que pode me entender! A cor de seu quarto, não era roxo nem azul. Era uma misturas de cores, como as cores que aparecem nas bolinhas de sabão... Sim! O quarto de Laura era o mais suave possível, claro e harmonioso.
Laura tinha muitas coisas, mas para ela, quase nada daquilo tinha importância. Seus sentimentos eram profundos, e quando falava com alguém, costumava olhar profundamente nos olhos das pessoas. Talvez fosse sensível desde pequena, porque sempre leu muitos livros, os quais eram muito sérios para sua idade. Sempre muito emocionantes, contavam histórias reais, das mais tristes e amargas, as mais felizes e alegres.
Sua inteligência era de chamar atenção. Construía frases com palavras difíceis, e com muita importância. Desde pequena tinha um comportamento sério e educado. Seu interesse por coisas diferentes era muito aparente. Estava sempre em busca de coisas novas.
Com tamanha tristeza, andava arrastando os seus pés, como se a eles estivessem presas, grandes e pesadas correntes. Mas o que sempre me impressionou, é que eu sabia que por trás de tudo isso, havia uma linda menina, que tinha um coração enorme. E isso era o mais importante!
Certo dia, após voltar da escola, Laura foi ao escritório de seu pai. Ela parecia calma, e queria falar algo. Com tamanha sinceridade e confiança, perguntou ao seu pai:
- Por que quase nunca está em casa, pai?
- Tenho que trabalhar filha!
- É claro que tem! Porém, eu esperava que você mostrasse o seu amor por mim.
- Laura, você sabe que a amo muito. E que se tivesse mais tempo, ficaria mais com você.
Com a expressão triste, levantou a cabeça e parecia que iria explodir. Assim falou:
- Você acha que eu não gosto das viagens que nós fazemos? É claro que eu gosto pai. Mas eu quero algo mais. Eu quero o sentimento mais belo, vindo do fundo do coração, aquele que as pessoas se esquecem de demonstrar. Dizem sempre que estão com a agenda cheia e que por isso não tem tempo para nada. Como podem falar assim, papai? Amar é algo profundo, o sentimento mais belo que já existiu. A agenda cheia provoca a raiva, que conseqüentemente provoca o ódio, e assim as pessoas se esquecem de amar. Acham difícil amar. Mas não é. É tão fácil sair por aí dizendo que você ama tal pessoa, e porque quando alguém fala sério, as pessoas acham que é difícil? Vai ver nunca amaram, não sabem como é sentir o amor. Quando a gente ama, os seus olhos sorriem por você, é como se tudo a sua volta tivesse o mesmo valor. Pai, eu não digo o amor que os seres humanos conhecem, estou falando do amor incondicional! Pode me compreender?
Nada foi dito. Roberto parecia assustado com a sinceridade da filha, e constrangido por tudo isso. Já Laura, parecia bem, leve, solta. Por um momento me pareceu feliz! Sim! Feliz!
- Entendi. Você não compreende, não é? Quase ninguém compreende! Fico triste por você pai!
A menina saiu do escritório realmente arrasada, sentou-se a mesa e começou a comer. Enquanto comia, parecia chorar, mas não havia lágrimas, o choro era lá dentro, no fundo do coração.
Bom, mais tarde eu coloco a segunda parte!!
Beijos
Um pensamento...
Diga o que você quiser!
A fala dos maus fere o coração dos bons.
E não importa o quão alto os seus olhos gritem... quase ninguém vê com o coração!
E não importa o tamanho da sua tristeza... quase ninguém parece notá-la!
Não importa se seu sorriso é falso ou sincero,
já que vivemos em um mundo de máscaras!
Olhe lá fora! Vê a chuva? Ela é tão frágil e forte.
Ninguém parece notá-la, mas agora ela lava a alma dos homens!
E seus olhos embaixo dela, parecem chorar agora...
Tão tristes e alegres...
Você pode ver?
Lígia G. V.
Beijos
;)
A fala dos maus fere o coração dos bons.
E não importa o quão alto os seus olhos gritem... quase ninguém vê com o coração!
E não importa o tamanho da sua tristeza... quase ninguém parece notá-la!
Não importa se seu sorriso é falso ou sincero,
já que vivemos em um mundo de máscaras!
Olhe lá fora! Vê a chuva? Ela é tão frágil e forte.
Ninguém parece notá-la, mas agora ela lava a alma dos homens!
E seus olhos embaixo dela, parecem chorar agora...
Tão tristes e alegres...
Você pode ver?
Lígia G. V.
Beijos
;)
sábado, 3 de outubro de 2009
Codex Alimentarius
Para quem ainda não viu, ou já ouviu falar mas não sabe do que se trata, recomendo estes sites:
http://www.anovaordemmundial.com/2009/07/codex-alimentarius-nutricidio-planejado.html
http://revelatti.blogspot.com/2008/10/controle-nos-alimentos-o-codex.html
Agora você é quem decide se vai acreditar ou não!
Beijos
http://www.anovaordemmundial.com/2009/07/codex-alimentarius-nutricidio-planejado.html
http://revelatti.blogspot.com/2008/10/controle-nos-alimentos-o-codex.html
Agora você é quem decide se vai acreditar ou não!
Beijos
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