quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

        Que triste é a vida vivida em silêncio. Não o silêncio amigo, que faz desabrochar a paz nos seres, mas aquele causado pelo medo e a opressão. Que chatas são as regras sem sentido, feitas apenas para criar súditos. E a sociedade que anda calada e aceita tudo em um piscar de olhos.
        Triste é a manhã sem cor e sem vida. O dia sem alma... a noite sem lua! O passo sem força, o grito sem som! Que tristeza dava ver que as coisas aconteciam sempre da mesma maneira! Ah, mas que felicidade brotou quando finalmente as coisas começaram a mudar. Nunca é tarde para abrir os olhos!

        Gente, me desculpem pela minha ausência. O tempo tem passado rápido demais e tenho tido muitas coisas para fazer!
         Abraço a todos!
         Lígia.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Noite de inverno

      Era frio, a menina era atrevida, vestia um vestido curto de verão. Seu cabelo estava trançado e uma fita vermelha estava amarrada nos fios ruivos. Ela balançava os pés e ouvia com atenção a melodia que era levada aos seus ouvidos. Brincava de criar. Criava imagens na mente, muitas sem sentido. No meio de todas elas algumas eram reais. Imagens de um passado. Um passado feliz, às vezes triste. Eram coisas que não interessavam mais. Já estavam todas empoeiradas, apesar de serem retiradas do armário quase todos os dias. Ela não tirava a poeira. Deixava-a lá para que lembrasse que não havia motivos para resgatar acontecimentos remotos. Era sábia. Mas mesmo assim ainda tinha as memórias impregnadas na alma. Elas traziam segurança. Não queria esquecer seus pais, seus amigos...
      A questão era que abandonar o passado não significava esquecer tudo. Teria todas as lembranças, mas não lutaria para que elas voltassem, e não tentaria mudá-las. Estariam ali, mas estariam quietas. Aceitas. O primeiro passo sempre era a negação, a aceitação vinha em seguida. O problema é que tinha gente que demorava uma vida inteira para aceitar e então era tarde demais.
     Corajosa e um pouco relutante, a menina desatou o nó da fita. Enrolou-a nos dedos, e estes se mancharam de pó. Sorrindo profundamente ela jogou a fita no ar e essa dançou com o vento. Pôde ver uma luz vermelha ao longe. Suas lembranças sendo espalhadas, algumas pareciam chorar. Estava livre. Feliz. Finalmente havia se encontrado!
     Lígia G. V.
     Luz e paz!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Corra! Corra criança
que já não há mais tempo,
já não há mais vento...
Calce os sapatos,
pegue as flores,
esqueça o passado...
Deixe o retrato,
abandone o tato!
Cubra-se de paixão
e de muita compaixão,
porque os tempos são outros...
Pegue a felicidade,
deixe a maldade,
abandone de vez a superficialidade!
Não chore, não!
Porque as coisas são belas
e as mazelas
já estão por fim!
Não tenha medo de arriscar,
muito menos de buscar!
As coisas ficam claras
quando tudo começa a se encaixar!
Acorde, criança!
O tempo acabou!
Eu avisei há muito tempo,
e ninguém ouviu...
Mas se ainda quiser,
encontre o caminho da verdade,
e siga a paz!
Não esqueça a luz!
Não tenha medo, criança!

Lígia G.V.
Luz e paz, sempre!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

     A última noite foi triste. O tempo passou rapidamente, o planeta deu um giro e as estrelas sumiram de meus olhos. Sinto muito. As coisas foram esquecidas, memórias foram perdidas, por enquanto. Você se foi, assim como eu fui. Não podemos ter tudo sempre. Me perdoe. Mas você faz parte de mim, assim como todos. Sempre fomos um só. Então fico feliz que exista beleza em você. Fico feliz por ver que você está bem. Eu te amo. Dê-me a mão para que possamos descansar em paz, em um lugar belo. E fechar os olhos e saborear os sons. Abriu-me os olhos de alguma forma, em um momento em que eu nem percebi.Levou-me a lugares lindos, ensinou-me grandes coisas. Sou grata. Para sempre!

Obs: esse texto não se refere a romances.
Lígia G. V.
Paz infinita, queridos!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

      Cresce... Cresce tanto que alguns não conseguem ver. Muda seus olhos, aumenta o sorriso. Descobre de forma doce a paz que pode existir. Investiga a miséria, deseja o bem. Não há necessidade de grandes coisas.  Renasce de forma bela e sutil. Floresce... Ao canto uma mulher observa a tudo. Quieta e enigmática. Sorri e admira. Também floresceu? Cresceu?  Todos crescemos se quisermos. Gosta daquele olhar. Se conhecem, mas não se recordam muito. Uma conexão grande, aparentemente sem sentido. Mas muito significativa! Têm a luz de forma muito bela e a cultivam da melhor maneira. E a espalham para quem quiser tê-la, basta um pequeno esforço. 

    Luz e paz!
    Lígia.    
Tudo parece tão amargo lá fora, que aqui dentro as coisas parecem mais doces do que o comum. Talvez um pouco azedas...

Lígia.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Os olhos são tristes, as falas são falsas...
Passos vagos, dores suaves.
Corações manchados pela falta de esperança.
Abraços fortes, sorrisos grandes.
Manhãs frias e vazias.
Superficialidade e materialidade,
amor existente, camuflado permanente!
Aceitação, negação... negação!
Errados, certos, perdidos e incertos
ensino ilógico... luta sem tom!
Seu olhar perdido,
jamais será visto novamente,
nem nas manhãs geladas,
nem nas passadas, alegres e vivas...


Lígia G.V.