-É assim que se monta esta parte, não é, mamãe?! De peça em peça a gente constrói essa casa!
-Marisa! Não tire essa peça daí, você vai desmontar a base!- dizia sua mãe.
-Marisa! Não tire essa peça daí, você vai desmontar a base!- dizia sua mãe.
-Não vou desmontá-la, só vou melhorá-la! Não gosto da cor preta! A base não a quer!
-A base não escolhe, querida. Quem escolhe é quem a faz!
-Então, como eu estou montando, eu posso escolher! Vamos tirar o preto da base!
Por mais que parecesse birra, não era! Marisa era inteligente e persistente. Generosa e bondosa. Gostava das coisas belas e puras. Seus olhos não chamavam atenção pela sua coloração, mas sim pela sua grandeza!
-Está bem! Tire a peça preta. Mas saiba que teremos que construir tudo de novo!
-Tudo bem! Eu não queria que a casa ficasse pronta com a cor preta. Isso poderia modificar o futuro dela!
Sim! Ela era assim mesmo. Gostava da luz, dos pássaros, das flores... Amava ajudar ao próximo! E era tão pequenina, que quem a via, se espantava com tamanho amor!
-Qual cor você quer então?
-Eu quero a cor branca! Quero que ela tenha a luz, que ela cresça pura!
De peça em peça construíram a base. Agora com a branca, a futura casa parecia mais leve!
-Falta pouco tempo para terminarmos, filha!
E assim foram construindo. Por algum motivo além da alegria, Marisa sorria constantemente.
-Agora as últimas peças, mãe!
E construíram a última fileira todinha de branco!
-Ah, como ficou linda, mamãe! Gosto dessa casa! Não há nenhum indício de maldade ou escuridão, só há luz, paz e pureza! Construímos direitinho! Obrigada pela ajuda, mamãe! A casa agradece!
Sua mãe pensou em dizer que a casa não tinha como agradecer, mas permaneceu calada. Afinal, tinham de fato, dado uma bela essência para aquele objeto, que aos olhos de um adulto, jamais apresentaria sinal de vida!
Lígia G. V.
Luz e paz!
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